sábado, 10 de março de 2012

"Diziam que ela trazia sol, embora fosse íntima da chuva.

Amiga dos ventos e das tempestades tinha ela uma inquietante curiosidade de espiar o mundo, este que insistiam lhe mostrar através de uma janela velha e sem graça, desbotada do tempo, mas possuidora de um cheiro bom de madeira, de quem viu a vida se compor, a qual avessa às vontades alheias, lhe dava magia e alento, e lhe fazia granjear que as cores do exterior brotam do solo fértil e sagrado que cada um traz consigo.

E assim num pé de vento se fazia confiante.

E tinha calma de quem espera a vida, de quem olha o sonho na espera da utopia, e que aprende com tempo que cada caminho tem curvas precisas que levam ao acaso inopinado, muitas vezes perseguido!
Paradoxalmente à luz que lhe acompanhava o nome, veio da noite.

Como quem vem de mansinho e observa secretamente o dia nascer e se compor, para surgir em cena final, aquelas que os espectadores anseiam, mas, cansados de esperar, desacreditam... E fez-se riso... "